A incontinência urinária é descrita como qualquer perda involuntária de urina e pode acontecer em situações comuns como ao tossir, espirrar, correr e pular. Eventualmente, pode ocorrer mesmo em repouso, sem que sequer a pessoa perceba.

Apesar de ser mais comum em mulheres idosas, a incontinência urinária pode se apresentar em homens e mulheres de qualquer idade. Segundo a sociedade Brasileira de Urologia, estima-se que aproximadamente 10 milhões de brasileiros sofram dessa condição.

A rigor, podemos considerar a incontinência urinária um problema de saúde pública, que afeta a qualidade de vida da pessoa, causando-lhe constrangimento e até mesmo, em casos mais severos, afastamento ou isolamento do indivíduo do convívio social.

Um grande número de pessoas que sofre com a incontinência não procura ajuda profissional por vergonha ou por achar que esse problema é normal, sendo que nenhum tipo de perda, sendo elas urinária, fecal ou flatos são normais.

Um estudo de maio de 2021, realizado em Salvador, revelou que mulheres de meia idade, pardas, pós-menopausa, obesas, hipertensas, com múltiplos partos, que realizaram parto vaginal com episiotomia, constipadas e que ingerem cafeína são mais propensas a desenvolver incontinência urinária de esforço. 

Os fatores de risco incluem gravidez e partos instrumentalizados; Cirurgias como histerectomia e prostatectomia; Obesidade; Prisão de ventre; Infecções do trato urinário; Menopausa; Esclerose Múltipla; Doença de Parkinson; AVC; Alimentação; Envelhecimento; entre outros.

O tratamento de incontinência urinária vai depender do tipo e da gravidade, podendo haver combinação entre tratamento medicamentoso, fisioterapia ou cirurgia.

O diagnóstico é feito pela história clínica e geralmente alguns questionários são feitos para entender a gravidade e o impacto que a incontinência causa na vida do paciente. A pessoa que sofre dessa condição deve procurar um médico urologista e fisioterapia pélvica.  A Sociedade Internacional de Continência recomenda fisioterapia como padrão ouro no tratamento da incontinência urinária por esforço por ser um método não invasivo, de baixo custo e sem efeitos colaterais.

O tratamento fisioterapêutico inclui treinamento da musculatura do assoalho pélvico, mudanças comportamentais, treino de consciência corporal e perineal, eletroterapia entre outros. Todos os pacientes devem realizar avaliação inicial, para adaptarmos um tratamento específico individualizado.

Mesmo em casos cirúrgicos, o atendimento fisioterapêutico pré-operatório reduz significativamente a severidade e a duração da incontinência urinária. Quanto mais precoce o paciente for encaminhado e realizar a fisioterapia pélvica, melhor será o resultado do tratamento.